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domingo, 21 de agosto de 2016

SOPA DE LETRINHAS PARTE 1 - IPCA, IGP-M e SELIC

Oi oi gente! Tudo bom?

Hoje respira fundo que o assunto é longo e tenso, rs.

Como eu já disse anteriormente, antes de conversarmos sobre investimentos na prática é necessário aprender direitinho alguns conceitos muito importantes que estão diretamente ligados/relacionados ao assunto, que caso você não entenda, com certeza também não irá entender as modalidades de investimentos. Eu diria que essa é a parte mais chatinha mas que infelizmente sem ela não dá para prosseguir.

Então vamos lá que é muita coisa no ABC dos investimentos! 

1º vamos falar do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo)

O IPCA nada mais é do que a sigla que representa a INFLAÇÃO. Ele é utilizado pelo Banco Central como medidor oficial da inflação do país e pelo governo como referência para verificar se a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional para a inflação está sendo cumprida.

O IPCA é calculado pelo IBGE e é divulgado mensalmente. O cálculo reflete o custo de vida de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos.

O período de coleta do IPCA vai do dia 1º ao dia 30 ou 31, dependendo do mês e é divulgado geralmente até o dia 10 do mês seguinte ao da coleta. A pesquisa é realizada em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, domicílios (para verificar valores de aluguel) e concessionárias de serviços públicos. Os preços obtidos são os efetivamente cobrados ao consumidor, para pagamento à vista.

São considerados nove grupos de produtos e serviços: alimentação e bebidas; artigos de residência; comunicação; despesas pessoais; educação; habitação; saúde e cuidados pessoais; transportes e vestuário. Eles são subdivididos em outros itens. Ao todo, são consideradas as variações de preços de 465 subitens.

A Inflação é a perda do valor do dinheiro ao longo do tempo. Nós meros mortais sentimos a inflação como um aumento generalizado dos preços, o que significa que precisamos de mais dinheiro pra comprar a mesma coisa que comprávamos a um mês ou a um anos atrás por exemplo.

A inflação não atinge as pessoas da mesma forma, cada um sente a inflação de um jeito. Assalariados, pensionistas e pessoas que recebem uma renda baixa, regular e estável geralmente sofrem mais com a inflação.

Quando se consome mais do que se produz temos um aumento da inflação.

Fonte: IBGE

Se você ainda está com alguma dúvida sobre inflação, assite esse vídeo aqui que é super didático e vai te ajudar a compreender melhor INFLAÇÃO: O QUE É; DE ONDE VEM?


Em 2º lugar  vamos falar do IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado)

Este índice é calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e ele é composto pela média de três outros índices que tem pesos diferentes na sua composição:


O IGP-M registra a inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais. Ele é utilizado para a correção de contratos de aluguel, parcelas de financiamentos de bens imóveis e como indexador de algumas tarifas como energia elétrica por exemplo. A pesquisa de preços é feita entre o dia 21 do mês anterior até o dia 20 do mês atual e sua divulgação acontece no final de cada mês de referência.




Em 3º lugar  vamos falar da SELIC


O sistema especial de liquidação e custódia (SELIC), muito conhecido como "Taxa Selic" é onde ficam custodiados (guardados) os títulos federais, mais conhecidos como os títulos públicos. Essa taxa é a taxa que o governo paga pra quem compra/investe em títulos públicos federais, que é uma das formas que ele utiliza para captar dinheiro, além dos impostos por exemplo.

A taxa SELIC é a taxa básica de juros da economia brasileira, conhecida como a mãe de todas as taxas de juros, ela é, via de regra, a menor taxa de juros em vigência no pais* e é com base nela que as outras taxas de juros são determinadas, ou seja, se a SELIC sob as taxas de juros também sobem e se ela diminui as outras também diminuem.

A cada 45 dias o Comitê de Política Monenatária do Banco Central (COPOM) se reune para decidir se a taxa básica de juros sobe, desce ou permanece estável.

Quando se aumenta a taxa SELIC, significa que se está diminuindo a liquidez da economia, buscando frear o consumismo e incentivando as pessoas e empresas a pouparem mais, isso evita que a inflação dispare.

A taxa SELIC é dividida em "TAXA SELIC OVER" e "TAXA SELIC META".

A Taxa SELIC OVER é a taxa de juros praticada quando um banco empresta dinheiro para outro usando, como garantia, os títulos públicos comprados no banco central e a Taxa SELIC META é aquela utilizada nos noticiários, que representa a taxa básica da economia no Brasil, pois serve como parâmetro para todas as outras praticadas no mercado. Ela tende a ser a menor taxa de juros que existe na economia. 

Se ficou alguma dúvida da uma olhadinha nesse vídeo aqui O que é Taxa Selic? A Explicação mais Simples e Completa

Curiosidade: A maior taxa Selic que o Brasil já teve, desde 1996, foi de 45% entre 05/03/1999 e 24/03/1999.

* A menor taxa de juros da economia brasileira é a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo). Atualmente (Julho a setembro de 2016) ela está em 7,5% ao ano. Definida pelo CMN é divulgada trimestralmente, esta taxa é usada, principalmente, nos empréstimos feito pelo BNDES ao setor produtivo.



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